OS VENCEDORES DE 2006 - 9º EDIÇÃO
Categoria Infantil (8 à 13 anos)
Vencedora: Manuela Cella (Poema “Infinito”)
“Infinito”
Olhei para o infinito
E vi algo, que me parecia ser uma luz
Que fazia movimentos, acho que
Estava tentando me dizer alguma coisa.
Mas sem sentido nenhum emoções surgiram...
Fechei os olhos e senti algo
Algo diferente, não consigo descrever
Escutei uma voz que dizia:
Acredite, acredite...
Assustei-me, mas não liguei muito
Pensei...
Será que é uma ilusão? Ou uma simples conclusão?
Não sei...
Hoje não sei mais o que era aquilo
Fiquei pensando por vários dias!
Voltei meus olhos para o infinito,
Percebi que não havia nada, apenas o além.
Descobri que era apenas pensamento
Mas apostei nos sonhos e hoje vi que aquela
Luz voltou...
Será que era verdade ou uma miragem?
Não sei...
Categoria Juvenil (14 à 18 anos)
Vencedor: Leandro de Moura Machado (Poema “Guerra urbana”)
“Guerra urbana”
É muito sangue
Derramado nessa terra.
E ninguém sabe quando
Termina essa guerra.
A violência toma conta da cidade
E a justiça fecha os olhos pra verdade
E o povo vive trancado
Sem liberdade.
É uma guerra travada com a desigualdade
E a justiça fecha os olhos pra verdade
E a faca que te pega por trás
E a bala perdida
Que não volta jamais.
Quando será que teremos paz
Guerra sem fim
Tudo é tão difícil e ruim
Qual será o preço da liberdade,
Se não vencermos essa guerra
Será o fim da humanidade.
Categoria Adulto
Vencedora: Ananda Müller (Poema “Solfejos da inconstância”)
“Solfejos da inconstância”
Ao presentear-te com o adeus derradeiro
Derramei junto ao soluço da vaidade
As cinzas que recolhi de tua pira!
(Se faz da eternidade sofrimento
E da pureza tragédia...)
Onde estará nossa fada guardiã?
Onde esconderam teu semblante emblemático?
Desperdício!
E os tempos não eram de paz
Tampouco de redenção...
Penso em temporais apáticos
Melodias pragmáticas
Versos assimétricos
Parnasianismo conformado no holocausto pós-moderno
(Tentativa vã de fazer cada segundo inspiração...)
E a caravana?
Segue sem mim...
Como transporte, um coração em degelo...
Pulsando, batendo, chorando
Em protesto, em desespero
Em chamas na terra do desalento.
As brumas refletidas nas lágrimas do andarilho
Empalidecem minha flor de lótus
E a morte severina de meu suspiro
Não teve vela nem amor.
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