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A Feira Nacional do Arroz, um dos maiores eventos orizícolas da América Latina, prepara a sua 14º™ edição, que acontecerá de 22 a 28 de maio do ano que vem, de olho na abertura do mercado europeu do arroz, prevista para 2009. Para se transformar numa das maiores vitrinas do setor, a feira quer consolidar seu perfil de evento internacional, direcionado a grandes negócios. Na última edição, graças ao trabalho de divulgação, a Fenarroz atraiu 16 expositores estrangeiros, inclusive da Europa e Ásia.
Abrir espaço para empresas da Europa é fundamental, já que a previsão da FAO, órgão das Nações Unidas para a Alimentação, é que a partir de 2009 o mercado europeu será aberto. Hoje, a França é responsável pela produção de arroz no continente. Porém, o aumento da demanda vai exigir que os países importem o produto. "E nós precisamos ficar atentos para garantirmos essa fatia importante do mercado mundial", destacou Érico Razzera, presidente da 14º™ Fenarroz. A tendência é que os europeus busquem o produto brasileiro, projetou.
A previsão, revelou o presidente Razzera, é que em 2006 o número de expositores de fora na Fenarroz, inclusive da Europa, passe de 30. A meta é garantir que as grandes indústrias da cadeia produtiva do arroz utilizem a feira como vitrina para lançamentos. "Existem grandes empresas do país que já guardam as novidades para apresentá-las na Fenarroz", destacou Razzera. No entanto, ainda é preciso consolidar essa posição de evento voltado para a tecnologia de ponta.
INTERNET - Além do trabalho de divulgação, outra ferramenta que deve ser muito utilizada na promoção da 14ª Fenarroz é a internet. O sistema de mala direta já deu bons resultados na edição anterior, ressaltou o vice-presidente-geral da feira, Luiz Alberto Silva. "Recebemos respostas e confirmações de espaços por e-mail", destacou ele, ao salientar a eficiência da correspondência virtual. A equipe que trabalha no setor de divulgação garimpa diariamente na grande rede novas empresas ligadas à cadeia produtiva do arroz para enviar-lhes convites para a próxima edição da feira.
De 22 a 28 de maio de 2006
-Comercialização estimada: R$ 150 milhões
-Expositores: 300
-Expectativa de público: 180 mil pessoas
-A feira reúne as maiores indústrias de produção, beneficiamento e comercialização de arroz do Cone Sul, além de empresas da Europa e Ásia
-1.857,60 metros quadrados de área locável interna
-20.558,40 metros quadrados de área locável externa
-Auditório para 200 pessoas
-Ginásio para 6.500 pessoas
-Três restaurantes
-Seis lancherias internas
-Oito boxes para lancherias externas
-Estacionamento para 700 veículos
-Área coberta para remates
-Boxes para animais
-Pista de provas campeiras
-Ruas internas totalmente asfaltadas
-Local arborizado
Realizada antes de quatro em quatro anos, a Fenarroz passou a acontecer a cada dois anos, exatamente para atender as rápidas inovações tecnológicas e as exigências de um mercado que está em constante modernização. Na última edição, relembrou o vice-presidente Luiz Alberto Silva, todas as empresas que trouxeram lançamentos esgotaram os estoques e saíram plenamente convencidas de que a Fenarroz é um excelente espaço de negócios.
Na avaliação dos promotores da Fenarroz, pelo menos 30% dos expositores que participaram da última edição assimilaram a idéia de que mais do que festa, a Fenarroz já é um evento voltado aos negócios da cadeia produtiva do arroz. Ficar plugado às novas tecnologias é uma das condições fundamentais para que o evento se consolide como vitrina mundial de tecnologia.
A situação da indústria do arroz, por exemplo, é um dos sinais de que não se pode perder o trem da modernidade. Há 30 anos, o Rio Grande do Sul tinha pelo menos 260 engenhos de arroz, sendo que 59 operavam em Cachoeira do Sul. Hoje, o estado não tem mais do que 90 engenhos e a cidade, apenas cinco. A maioria fechou porque não soube embarcar na era da tecnologia para enfrentar a crise.
A Feira Nacional do Arroz é o segundo maior evento do setor no mundo, perdendo exatamente para a França, que organiza a principal feira orizícola do planeta. Com a abertura do mercado europeu, no entanto, a feira brasileira vai disputar a condição de maior evento, a partir de 2009.