Hospital de Caridade e Beneficência de Cachoeira do Sul: uma das instituições mais identificadas com o povo cachoeirense
Vitória da mais antiga e duradoura mobilização comunitária de Cachoeira do Sul, o Hospital de Caridade e Beneficência (HCB) é referência em vários dos serviços prestados a uma população que vai além dos limites municipais. E projetos estão sendo executados com a finalidade de ampliar essa importância regional que a casa de saúde adquiriu em 103 anos de existência, tornando-se uma das mais conhecidas e respeitadas do interior gaúcho.
Um dos mais importantes é a construção de um novo Serviço de Atendimento Emergencial (SAE), que fica onde existiam, no passado, as capelas velatórias do hospital e terá entrada pela Rua 7 de Setembro. Com a mudança, o espaço passará dos atuais 240 metros quadrados para 720, possibilitando um atendimento mais qualificado aos 4,5 mil pacientes recebidos mensalmente, em média. Esse número poderá ser aumentado, na mesma proporção em que haverá mais leitos de observação e salas de procedimento.
A obra, iniciada há vários meses, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está na espera de verba referente a demandas aprovadas no Processo de Participação Popular (PPP) de 2004. “São R$ 280 mil que já foram previstos no orçamento de 2006”, informa o administrador do HCB, Luciano Morschel, que espera ansiosamente pelo dinheiro para retomar os trabalhos. Até agora, foram erguidas as paredes e colocadas as aberturas, faltando piso, instalações e acabamentos.
Outra conquista da casa é a autorização do Ministério da Saúde para a realização de transplantes renais, complementando o serviço de referência prestado pelo Centro de Hemodiálise, construído em parceria com os médicos e em funcionamento desde março de 2006. “Esse credenciamento é o passo seguinte ao da captação de órgãos”, explica Luciano Morschel, assegurando que não precisarão ser feitos investimentos significativos em estrutura, mas apenas a organização de normas e rotinas e o treinamento dos profissionais que atuarão na área.
SAE
• No mesmo prédio atual, estando composto de profissionais em regime de prontidão, como socorristas clínicos, cirurgiões gerais, traumatologistas, anestesistas e neurologistas, contando com toda a estrutura de retaguarda da casa.
CENTRO DE HEMODIÁLISE
• Em funcionamento desde março de 2006, foi construído em parceria com os médicos que atuam na prestação desse serviço.
UTI INFANTIL
• Inaugurada em 2000, com oito leitos, teve o custeio parcial da Prefeitura Municipal e é responsável pela sobrevivência de muitas crianças nascidas prematuras.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
• O aparelho foi comprado nos anos 90, com recursos do programa Mãos Dadas, do Governo do Estado (campanha de recolhimento de notas fiscais).
GESTANTE DE ALTO RISCO
• Serviço implantado juntamente com a reforma da maternidade, iniciada em 2003.
ESCOLA TÉCNICA PROFISSIONALIZANTE
• Responsável pela formação de profissionais que atuam em vários hospitais do Rio Grande do Sul.
CENTRO DE CARDIOLOGIA
• Dotado de equipamentos para diagnóstico do coração.
SERVIÇO DE QUIMIOTERAPIA
• Imprescindível no tratamento de pacientes com câncer.
UTI ADULTO
• Existente desde a década de 80, quando foram ampliadas as instalações do HCB.
SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE (SAC)
• Forma constante de ouvidoria externa.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
• Desmembrado em Planos de Ações e Metas Setoriais, controlados por indicadores de desempenho.
FERRAMENTAS DE QUALIDADE
• Avaliação de desempenho 360º, pesquisa de clima organizacional, pesquisa de satisfação do paciente, inclusive com busca ativa, e padronização de normas, rotinas e protocolos.
• O novo prédio do SAE terá entradas distintas para situações de emergência, urgência e simples consultas, proporcionando um melhor fluxo de funcionários e pacientes. Como em hospitais de grandes cidades, haverá uma entrada exclusiva para ambulâncias, conduzindo os pacientes para uma área mais reservada e protegida, bem diferente de como é hoje.
• O HCB ainda busca credenciamento do Ministério da Saúde para atuar como unidade de alta complexidade em oncologia clínica e cirúrgica. Isso representa que o hospital, além do serviço de quimioterapia que já é oferecido, poderá efetuar diagnóstico e realizar o estadiamento (acompanhamento durante e após o tratamento) dos pacientes, bem como cirurgias na área. “Entre as exigências, está a contratação de um cirurgião com título de oncologista”, revela o administrador Luciano Morschel, garantindo que a casa irá cumprir todas as etapas necessárias para alcançar esse objetivo o mais cedo possível.
• Apesar de já ter uma referência em determinados segmentos de atendimentos e estar caminhando para se tornar também em outros serviços, a consolidação do HCB como hospital regional depende de definições e implantações de diversas políticas públicas de saúde. Essa é a opinião do administrador Luciano Morschel, que considera a perda da liderança regional por Cachoeira do Sul como uma dificuldade no processo. Hospital regional é aquele que possui serviços referenciais para uma população que vai além dos limites municipais.