Economia em aquecimento permite projetar grandes mudanças na cidade
Nos últimos dois anos, com a chegada de grandes empreendimentos ao município, como as empresas Granol e Schmidt Calçados, a economia local começou a aquecer e os reflexos dessas mudanças podem ser sentidos nos mais diversos segmentos da cadeia produtiva. Um estudo inédito, feito exclusivamente para o Anuário 2007/ 2008 pela sala de negócios da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (Smic), mostra quais as áreas de negócios que já reagem positivamente ao processo de industrialização.
O levantamento, que envolveu empreendimentos e iniciativas implantados na cidade nos últimos dois anos, foi realizado pelo administrador de empresas e coordenador da sala de negócios da Smic, Péricles Purper Thiele, que é proprietário da Celta Consultoria, uma das novas empresas do setor. “São apenas os primeiros reflexos do ingresso na economia das grandes, como Granol e Schmidt, que recém estão começando a operar”, observou Thiele.
No mapa traçado pelo consultor, um dos setores que registrou expressivo desenvolvimento e que ainda apresenta possibilidades incalculáveis de crescimento é o de engenharia. A chegada da Supertex, que está fornecendo concreto para a Granol, é o exemplo mais eloqüente da boa fase no segmento. Outra área em que as chances de negócio se tornam cada vez mais interessantes é a de gastronomia. A pesquisa de Thiele detectou a abertura de três novos restaurantes na cidade nos últimos dois anos e também a ampliação de outros empreendimentos tradicionais, como a sorveteria Doce Deleite, que abriu novo ponto na Rua 7 de Setembro.
Na avaliação de Thiele, a cidade precisará qualificar muito mais a mão-de-obra para atender aos empreendimentos que chegam e que se instalam nos mais diversos setores da cadeia econômica. A entrada em operação da usina de biocombustível, por exemplo, abrirá vagas para dois profissionais que estão em falta na cidade, técnico em química e mecânico industrial. “Qualificação terá que ser a palavra de ordem”, salientou Thiele, destacando iniciativas como o programa Ciesc B da Prefeitura, voltado à preparação da mão-de-obra.
O que as novas empresas precisam
O setor vai precisar de técnico em química, mecânico industrial e supervisor industrial.
Haverá vagas para supervisor industrial, desenhista de calçado, especialista em modelagem, em desenvolvimento de fôrmas, em cronometragem e cronoanálise, técnico em calçados e em curtume, especialista em projeto de solado, em destinação e valorização de recursos sólidos (couro e outros), mecânico industrial.
O setor exigirá técnico em concretagem e operação de guincho.
Fonte: sala de negócios da Smic.