Cachoeira espera cedência de área no complexo para atrair outra superempresa
Nos bastidores da economia cachoeirense não se fala outra coisa: o Porto do Jacuí nunca esteve tão perto do funcionamento definitivo e um dos fatores que poderão contribuir para acelerar o processo está em cima da mesa da governadora Yeda Crusius, no Palácio Piratini. Cachoeira do Sul pede a cedência de cinco hectares de área no Porto do Jacuí e também o pavilhão histórico existente no local, a Charqueada do Paredão, propriedades federais que estão sob a administração do Governo do Estado, para concluir o trabalho de atração de uma nova superempresa para a cidade. A empresa, com nome ainda mantido em segredo, é o trunfo definitivo para a ativação do porto. A nova empresa, uma multinacional com subsidiária brasileira, já é do conhecimento da Secretaria Estadual do Desenvolvimento.
A ativação do porto de Cachoeira, concluído em 1995 e até agora sem ser utilizado para navegação na hidrovia do Jacuí, já teve cenário mais Nos bastidores da economia cachoeirense não se fala outra coisa: o Porto do Jacuí nunca esteve desanimador, mas o jogo virou a partir da chegada da Granol e da Grandiesel e também com os planos revelados pela Aracruz, empresa que utiliza grandes áreas do município para o florestamento de eucalipto e que vai precisar do porto para o escoamento da madeira daqui a quatro anos. Por isso Cachoeira já solicitou ao Governo do Estado a finalização do projeto original do Porto do Rio Jacuí com a construção de mais duas plataformas, uma mais elevada à atual e outra mais abaixo.
A grande expectativa da cidade nos próximos anos para ativar o porto é a consolidação de Cachoeira do Sul como pólo de modernidade. A primeira chance é a energia renovável, com investimentos na produção de biodiesel (Grandiesel), etanol, energia eólica e pequenas hídricas. Depois como escoadouro de tecnologia e silvicultura, basicamente celulose, florestamento e cadeia madeireira (a Aracruz já planta árvores no município e projeta instalar-se em Cachoeira até 2015, com investimento de R$ 21 milhões). Finalmente pólo naval, com a utilização para cargas das empresas Granol, Grandiesel, Aracruz e mais duas que irão se instalar na área do porto.
Nos últimos meses o Governo do Estado oficializou a cedência de mais 20 hectares pleiteados há mais de dois anos pelas gigantes Granol/Grandiesel. Com isto a Granol está liberada para instalarse junto à área do Porto do Rio Jacuí, com maior segurança para a armazenagem do biodiesel. A Aracruz reservou o pedido de cedência de 25 hectares próximos à área portuária e projeta instalar-se definitivamente no município.