Percebe-se que com
o passar dos anos
as entidades cachoeirenses
estão prestando
mais atenção nos idosos. Órgãos como o
Conselho Municipal de Assistência
ao Idoso (Comai), Sesc
e igrejas já passaram a desenvolver
algumas atividades
socioeducativas e recreativas
voltadas a essa faixa etária. O
maior destaque são os grupos
de convivência, que têm um
trabalho relevante, mas não
ainda suficiente.
Políticas públicas efetivas
voltadas a esse segmento populacional
ainda são iniciantes
e precisam ser aprimoradas.
Há, por exemplo, uma parcela
da população que não tem
acesso aos grupos, serviços
voltados à terceira idade. A
professora Cleusa Mazuim, coordenadora
do curso de Serviço
Social da Ulbra/Cachoeira,
que vem trabalhando constantemente
com este assunto,
constata que atualmente
existe um aumento no número
de instituições que abrigam os
idosos de forma permanente,
mas que muitas vezes não
dão conta de suas necessidades
ou não atendem as exigências
mínimas preconizadas
pela legislação. Cachoeira do
Sul tem hoje cerca de 13,5%
de sua população com mais de
60 anos de idade.
Cleusa lembrou que é necessário
sensibilizar a sociedade
para que o idoso seja valorizado
e respeitado como um
sujeito que muito contribuiu para o crescimento de nosso
país. O Estatuto do Idoso, que
garante em lei grande parte dos
direitos dos idosos, entrou em
vigor há aproximadamente cinco
anos, mas ainda há muito a ser
feito para que ele seja realmente
cumprido. “Foi uma conquista
comemorada por uma faixa etária
da população brasileira que
tem crescido significativamente
nos últimos anos, resultado do
aumento da longevidade, mas
o que deveria ser considerado
como um dos itens fundamentais
do estatuto, o atendimento
prioritário e imediato, nem sempre é respeitado”,
lamentou a coordenadora
do curso de Serviço Social.
ULBRA - O curso de Serviço
Social trabalha no campo das
políticas sociais, dentre estas
a política do idoso. Dentro do
projeto de extensão “Ulbra e a
terceira idade” desenvolve subprojetos
como assessoramento ao Comai,
capacitação para cuidadores
de idosos e Encontro Nacional de
Geriatria e Gerontologia e pretende
trabalhar em 2009 com o envelhecimento
humano nas escolas
municipais e estaduais de Cachoeira
do Sul.
A falta de implementação de locais de atendimento para dependentes de drogas, especialmente o crack, é um dos temas mais complexos de violação ao desenvolvimento sadio das crianças e adolescentes. A situação melhorou muito com a implantação do Centro Terapêutico do Adolescente, mas o local só abriga adolescentes do sexo masculino e já fora da situação de surto. A promotora Giani Saad acredita que a sociedade cachoeirense deve unir-se para buscar a ampliação da ala psiquiátrica do hospital para incluir um local para desintoxicação, bem como para implementação do Centro de Atendimento Psicossocial para Adolescente (Capsad). “É louvável o trabalho da unidade de saúde mental de nossa cidade, mas a grande demanda de adolescentes e famílias com problemas neste sentido demonstra que Cachoeira do Sul já comporta novas entidades”, ressalta Giani.