Uma das grandes esperanças da virada econômica de Cachoeira do Sul é a termelétrica do Capané, projeto empreendido pela Celetro e com apoio de investidores árabes que já aplicaram R$ 56 milhões no projeto. R$ 25 milhões foram para projetos necessários ao encaminhamento de licenças ambientais e R$ 18 milhões na garantia de que em 2014 iniciará a entrega dos 500 quilowatts de energia vendidos para uma empresa não revelada pela CTSul, que gerencia o projeto.
Além do investimento árabe, a termelétrica já recebeu mais R$ 6 milhões em investimentos da Celetro, cooperativa que bancou a compra de duas propriedades rurais na localidade de Capané, onde será construída a usina a carvão. As obras na área de 162 hectares iniciaram pela terraplenagem e preparação de alicerce, com expectativa de que engrene a partir de 2011. A previsão é de que a usina fi que pronta no final de 2012. Serão 42 hectares só de construções. 20% da área será reservada para preservação ambiental, conforme prevê a legislação.
A construção da termelétrica terá de atender a um cronograma que garanta o fornecimento de energia a partir de 1º de janeiro de 2014. Neste dia a CTSul tem que gerar energia para o comprador não revelado. O contrato vai até 2043. A tecnologia dos geradores de energia é chinesa. A usina terá dois destes equipamentos de 350 megawatts cada um. Para viabilizar a construção, está por ser assinado a qualquer momento um financiamento de R$ 1,2 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BNDES).
MUDANÇAS
Somente a construção da usina já estará gerando mudanças na economia da cidade, com necessidade de fornecimento de alimentação para os funcionários e hospedagem aos profissionais que virão de fora. Torna-se urgente também a necessidade de Cachoeira do Sul ter um aeroporto com capacidade para pouso e decolagem de jatinhos de seis a oito passageiros, o que hoje não é comportado na pista aérea da cidade.