A lavoura de soja atingiu o recorde de 90.123 hectares plantados na safra 2011/12 em Cachoeira do Sul, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística. No último estudo do IBGE sobre as lavouras de Cachoeira, no Censo Agropecuário de 2006, a soja aparecia com 50 mil hectares plantados.
Pelos dados disponibilizados pelo IBGE, se constata que a soja abocanhou parte da área antes destinada para a pecuária. Em 2006, o rebanho de bovinos atingiu 191,2 mil reses em Cachoeira, caindo para 164,9 mil em 2010, aponta o IBGE. Na prática, isso significa 13,7% menos animais nos pastos. Não é apenas a pecuária que perde campo para a soja. A cultura se expande mais a cada ano pelas várzeas cachoeirenses, terras onde o arroz reinava absoluto. Na safra de 2011/12, são cerca de 8,5 mil hectares da oleaginosa na várzea.
Segundo os especialistas do agronegócio, a lavoura de soja garante hoje rentabilidade para o produtor rural, por isso a área cultivada aumentou tanto nos últimos anos. A área vinha crescendo ano a ano e mesmo a seca do verão de 2012, que provocou quebras entre 30% e 45%, não deve alterar esta tendência. Existe uma grande demanda mundial por soja, principalmente da China.
A estimativa do IBGE é de que a lavoura de soja chegue a 100 mil hectares na safra 2012/13.
Existe uma divergência sobre o tamanho do rebanho bovino de Cachoeira do Sul. A Inspetoria Veterinária e Zootécnica contabilizou cerca de 180 mil reses em 2011. A contagem da inspetoria é feita com base na declaração anual do rebanho encaminhada pelos pecuaristas. É preciso ressaltar, entretanto, que os números são de anos diferentes. O IBGE possui a estatística até 2010. Na inspetoria, o dado repassado é de 2011. Se os dois dados estiverem corretos, de um ano para o outro, o rebanho aumentou 15,1 mil cabeças.
A lavoura de arroz atingiu 33,4 mil hectares na safra 2011/12 em Cachoeira do Sul. A queda na área cultivada foi de 18,4% se comparada a 2010/11, quando foram semeados 40,9 mil hectares. Isso ocorreu devido à crise enfrentada pelos arrozeiros em razão do baixo valor pago pelo cereal. Eles reclamaram que gastam cerca de R$ 29,00 para produzir um saco de arroz, vendido em alguns momentos de 2012 a R$ 25,00.