Os silos gigantes da Cesa às margens do Rio Jacuí ganharam uma nova história ao serem assumidos pela empresa Pradozem, de Passo Fundo, que pretende ativar a pleno o complexo em Cachoeira do Sul e ainda dar início a retomada da Hidrovia do Jacuí. O objetivo é tornar o município polo estadual de armazenagem.
O projeto inclui a atração de uma unidade industrial de produção de cerveja. A vinda da cervejaria é uma possibilidade diante da armazenagem de cevadanos silos e a água do Jacuí. Contatos com a Ambev já foram feitos.
A empresa já construiu um tombador, com capacidade para 74 toneladas. O equipamento poderá levantar um rodotrem de nove eixos e entrará em operação em 2021. A nova balança será toda operada com sensores. O complexo tem capacidade para estocar 68 mil toneladas. O investimento final chegará a R$ 10 milhões.
A vinda da empresa acelerou investimentos do interesse da cidade, como a reconstrução da Ponte do Amorim e o reestudo do Governo do Estado para a reutilização da hidrovia pelo Rio Jacuí. Também provocou a assinatura do contrato pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para elaboração do projeto técnico de recuperação das comportas da Barragem-Ponte do Fandango, visando justamente o retorno da navegação.
Majestosos silos da Cesa: marco do Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul,
agora tem novo proprietário, a empresa Pradozem, de Passo Fundo
NAVEGAÇÃO
Depois que o canal do Rio Jacuí for dragado, a Pradozem pretende escoar a produção pela hidrovia. A empresa projeta movimentar até três toneladas por dia em cargas assim que o complexo estiver cheio. Toda a capacidade de armazenagem dos silos de 20 em 20 dias.
Projeto da Pradozem vai além do aproveitamento do potencial de armazenagem da antiga Cesa,
mas também o aproveitamento da Hidrovia do Jacuí para o escoamento.
Crédito: ROBISPIERRE GIULIANI