Cachoeira do Sul tem o quinto pomar de oliveiras do Rio Grande do Sul
Cachoeira do Sul deverá atingir uma produção de cerca de 70 mil litros de azeite de oliva em 2023 com a colheita de suas principais agroindústrias do setor. E a expectativa é aumentar essa produção nos anos seguintes, já que fatores climáticos acabaram prejudicando a produção de alguns pomares na cidade em 2021 e 2022. Também há expectativa de aumento de tamanho dos próprios pomares para as próximas safras.
Cachoeira tem, conforme a última medição, 383 hectares de oliveiras. É pioneira no cultivo e conta com o quinto maior pomar do Rio Grande do Sul. Um dos maiores pomares da cidade, com 180 hectares de área plantada, é da Lagar H, que tem expectativa de produção de 100 mil quilos de olivas, o que deve dar em torno de 20 mil litros de azeite.
A Azeite Puro, outra agroindústria que projeta ser gigante ainda nesta década, tem expectativa de produzir outros 40 mil litros de azeite. Dos 150 hectares da agroindústria, 130 estão em produção, mas ainda não em fase adulta, o que permitiria uma produtividade ainda maior. Está planejado o plantio de mais 50 hectares nos próximos anos. A indústria deve finalizar ainda em 2023 a construção de sua nova fábrica em Cachoeira.
ONDE COMPRAR
Pelo menos mais duas agroindústrias do ramo do azeite de oliva possuem boas perspectivas de produto, a Olivas do Sul, com um pomar de 25 hectares, e a Casa Alfaro, com mais 24 hectares. As marcas Olivas do Sul, Azeite Puro e Lagar H são vendidas nos supermercados de Cachoeira do Sul.
TIRA-DÚVIDAS
Por que o azeite cachoeirense, tão premiado no exterior, é mais caro que os demais extravirgens nos supermercados?
Segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura, há um erro de classificação no Brasil, que acaba confundindo o consumidor. Azeite virgem não é azeite extravirgem. Algumas marcas internacionais estão nas prateleiras como se fossem extravirgem, mas de forma equivocada, afirma a Ibraoliva. São três as classificações do azeite, lampante, virgem e extravirgem. Para o Brasil, os produtores internacionais enviam azeite virgem com rótulo de extravirgem. Não há problema em consumir um azeite virgem, que é produzido com frutos mais maduros, mas ele chega com preço três vezes inferior ao dos extravirgens verdadeiros produzidos no Brasil.
PERFIL
Azeite do Rio Grande do Sul
- 130 produtores de azeite extravirgem
- 6 mil hectares de área plantada
- 4 mil hectares já produtivos
- 80% da produção de azeite no Brasil
- 100 milhões de litros de azeite importado são consumidos no Brasil e há um milhão de hectares potenciais para o plantio de oliveiras no país
- A safra gaúcha bateu o recorde em 2022, gerando um crescimento de 121%, subindo de 202 mil litros para 448 mil litros